terça-feira, 1 de abril de 2014

Encontro Photos com Alma



1º encontro photos com alma 
e passeio fotográfico à Anta de Adrenunes

 anta de Adrenunes

Antas ou Dólmens são monumentos megalíticos que serviam como túmulos colectivos. De origens que remontam ao espaço temporal situado entre o V e o III milénio a. C. na Europa - Época Megalítica - encontram as raízes dos seus nomes de "Dólmen" no Bretão "dol" = "mesa" e "men" = "pedra", e no Latim "Antas" significando "pilares que ladeiam portas".



Estes monumentos podem ser conhecidos também por "arcas", "orcas", ou "palas". Em termos de cultura popular, poderão ser também conhecidos como "fornos de mouros", "pias", ou "casas de mouros".

Tal como nos dias de hoje, também há milénios atrás, Sintra apelava, com a sua carismática sensualidade de mistério, aos seres humanos na demanda de respostas às eternas questões postas pela vida: a percepção da vida não-eterna (morte) e reconhecimento da superioridade da Natureza e dos Deuses Pagãos.



Muito mais do que um Menir, que guarda um só defunto, não é de um único sepulcro que se trata. Um Dólmen ou Anta funciona como sepultura colectiva, e esta, a de Adrenunes, voltada a poente, para no fim do dia o sol iluminar o sepulcro de todos os que ali jazem, é um monumento híbrido, que conjuga elementos naturais da Serra granítica com alguns elementos arquitectónicos, tornando-a assim um local mágico de máxima beleza.
No passado, romanceado pela nossa imaginação e em muito ajudado pela História, o "Promontório de Ofiússa" (Ofiússa: como os gregos antigos designavam o território português; "Terra das Serpentes"), a "Mons Lunae" ou "Serra da Lua" segundo Ptolomeu, o “Promontório da Lua”, ou a "Cynthia" de céltica origem supostamente também ela designando "Monte da Lua", foi eregida a Anta de Adrenunes numa estrutura combinada entre o natural e a mão do homem - em escavações mais recentes foram encontradas pedras que funcionaram como cunhas no assentamento de alguns blocos de pedra - constituída por várias rochas, formando a oeste, uma abertura, uma passagem que terá servido de necrópole colectiva durante a época megalítica, com a disposição das rochas, voltadas a oeste : orientada para o Oceano Atlântico, para o Cabo da Roca, para o pôr-do-sol, e para o pôr da Lua .
Hoje, este monumento que acolheu corpos, é considerado como um monumento nacional pelo IPPAR - apesar de ainda ter um marco geodésico "plantado"numa das rochas superiores - ainda acolhe em Solstícios ou Equinócios aqueles nos quais o paganismo é a lente para verem o funcionamento do Universo. Presentemente encontra-se ainda na zona mais virgem da Serra de Sintra (Peninha)
Por tudo isto, caso deseje visitar a Anta de Adrenunes, tenha o máximo cuidado com o ambiente circundante, bem como o monumento em si. Faça parte desse ambiente, e sinta-o como se fosse a si mesmo, incapaz de o sujar ou o prejudicar da forma que for.