sexta-feira, 12 de setembro de 2014

ESTADO DE PÂNICO



Com um aumento do número de mortos, vitimas do vírus ébola, e um alto funcionário da ONU a declarar que "a taxa de propagação da epidemia está agora a acelerar dramaticamente", assim como funcionários do governamentais Liberianos que proclamam declarações alarmantes sobre o agravamento da crise no país.


Numa conferência de imprensa na quinta-feira, 11 Setembro, o ministro das Finanças, Amara Konneh disse:"a Libéria está em "guerra com um inimigo que não vemos." Dois dias antes, o ministro da Defesa do país devastado pelo ebola, Brownie Samukai, proclamou um aviso angustiante.

"A Libéria está a enfrentar uma séria ameaça à sua existência nacional"


Samukai disse-o no Conselho de Segurança da ONU.

"O mortal, vírus do ébola já causou uma perturbação no funcionamento normal do nosso estado."

" ébola está agora a alastrar como fogo, devorando tudo no seu caminho.
 A já de si fraca infra-estrutura de saúde do país está a ser aniquilada."


O enviado especial da ONU na Libéria, Karin Landgren, parece concordar com Samukai, pelo menos até certo ponto. Landgren disse esta semana ao Conselho de Segurança da ONU que "os liberianos estão a enfrentar a mais grave ameaça desde a guerra", referindo-se a duas guerras civis entre 1989 e 2003, que causou mais de 250.000 mortos. 

Esses conflitos sangrentos desestabilizaram completamente o país, e a Libéria, estava ainda em recuperação quando começou o actual surto de ébola.

Landgren alertou o Conselho de Segurança "a crise do ébola tornou-se complexa, com implicações políticas, de segurança, económicas e sociais que continuarão a afectar o país muito para além da emergência médica actual," 

segundo a Global Post.

Na quinta-feira, o Fundo Monetário Internacional disse que a crise do Ebola paralisou o sector de mineração, agricultura e serviços na Libéria e na vizinha Serra Leoa,


 informou a Reuters.
A Libéria corre o risco do actual regime cair, pois como todas as jovens democracias está sujeita a que a ordem constitucional se dissolva, através dum golpe ou duma nova guerra civil.

Foi na Libéria que ocorreram mais da metade das mortes da epidemia (1224) e quase a metade de todos os casos (2.046) - e está a piorar, aumentando exponencialmente os casos de contaminação, num País de 4 milhões, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Os desafios da epidemia, esmagaram completamente a capacidade de resposta do governo


video: Como funciona o vírus no corpo humano
Os esforços para conter o surto de ébola, encolerizaram muitos habitantes do país já de si muito empobrecido

Agência Reuters : notícias de doentes que fogem e vagueiam pelas ruas à procura de água e alimentos que os hospitais não lhes conseguem fornecer, provocam fortes criticas à presidente Ellen Johnson Sirleaf e ao seu governo.

Com projecções de disseminação da doença incertas e inconsistentes (a OMS diz que o número total de infecções na África Ocidental poderia chegar a 20 mil; pelo menos um modelo de longo prazo que o número superaria 100.000), é difícil dizer exactamente o quão grande é a ameaça à Libéria.


"Estamos esmagados", diz Sophie Jane, uma porta-voz dos Médicos Sem Fronteiras, numa unidade de combate ao ebola em Monróvia. "Os pacientes não param de chegar em grandes números."

Embora as previsões sombrias permanecem apenas isso - previsões - o facto de que a OMS e o próprio governo da Libéria estejam a soar o sinal de alarme tão alto pouco faz para acalmar as pessoas no país. Os residentes em Monróvia, vivem numa atmosfera de medo paralisante a sua vida diária"

"Estou com medo", diz Kluboh Johnson, de 45 anos, "Eu não sei realmente o que devo fazer. Para onde vou? Vamos todos morrer?


traduzido do hunffgintonpost

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